sexta-feira, 6 de novembro de 2009

OS OLHOS




Sempre ouvi muito a frase: "A beleza está nos olhos de quem vê".


Eu diria que está nos olhos de quem enxerga, pra ser mais preciso.


Eu presencio este tipo de cena todos os dias!


Pessoas que acordam pela manhã e já se fecham para as coisas boas da vida.


Que vivenciam o estreasse por opção e pior, disseminam esse sentimento com atos insensatos.


Nós somos donos de nossas atitudes e pra cada uma delas teremos uma reação.


Ao sairmos de casa para trabalhar, um pouco atrasado talvez, mas com um sol brilhando, podemos parar em um cruzamento e se render ao negativismo buzinando freneticamente para o carro da frente, gritando para que todos nos ouçam ou podemos manter a calma e a decência, admirando coisas boas como o amor de um jovem casal no carro ao lado ou a perseverança de uma senhorinha atravessando a rua com suas compras a passos curtos e trémulos, os pássaros na árvore da calçada, crianças e animais...


Podemos dar valor as coisas negativas ou positivas e dentro disso reger o nosso dia disseminando o amor ou o ódio que sentimos.




Texto: Alessandro Dell'Arno
Foto: Alessandro Dell'Arno

terça-feira, 27 de outubro de 2009

MUDANÇAS




Existem tempos em nossas vidas em que chega a hora de mudar.


Algumas vezes não percebemos isso e forçamos uma situação insustentável, talvez por insegurança, talvez medo de abandonar uma situação já conhecida e se atirar de cara em outra que não sabemos ao certo no que vai dar.


Mas uma coisa é certa. A carpa só se transforma em dragão se enfrentar a correnteza rio acima, sem titubear, até alcançar a nascente e então cruzar o portal da transformação em sua vida.


Todas as dificuldades que encontrarmos em nosso caminho é um sinal de mudança em nossa vida e cada um desses momentos devem ser usados em nosso favor com muita sabedoria.



Texto: Alessandro Dell'Arno

Foto: Alessandro Dell'Arno

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O Tempo




Pois é, o tempo tem o poder de mudar quase tudo nessa vida!


Se passaram 15 anos e muita coisa está diferente.


Aprimorei minha técnica, mas sem me especializar em apenas um estilo, tatuo de tudo.

Naquela época se eu não aprendesse a trabalhar em vários estilos diferentes eu não sobreviveria.


Hoje isso é contestado por alguns profissionais, dizem que se você não se especializa em um estilo não vai ser suficientemente bom em nenhum.

Será verdade?


Eu prefiro não julgar ninguém e sempre me desenvolver sem me prender a modismos.

Acredito que em cada trabalho aprendo um pouco mais.

Seja desenhando, tatuando , pintando ou simplesmente observando um trabalho pronto.


É isso, muita coisa mudou, menos minha namorada, hoje esposa e mãe (O que já muda muita coisa, que contradição!).


Ela continua no meu pé querendo fazer mais tatuagens!
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segunda-feira, 30 de março de 2009

Eu Sou o Bom!

Antes de pensar que eu me acho, leia o texto!

Tudo começou 15 anos atrás, depois que eu passei a ter contato com a tatuagem.
Visitando estúdios e conhecendo tatuadores, trocando idéias, fazendo muitas perguntas e tomando agulhadas, tive aquela idéia brilhante:

-"Vou ser tatuador! É perfeito! Eu desenho bem, vou ganhar uma grana fazendo o que gosto, vai ser só diversão! Fácil!

E lá fui eu adquirir o equipamento necessário para tornar a tal idéia brilhante possível, ao menos o material básico, e pronto. Eu havia me tornado um tatuador. Cheio de orgulho.
Agora eu só precisava de uma pessoa muito corajosa, ou louca, ou que confiasse cegamente no meu potencial:

-"Vamos ver... Quem vai ser? Ela, minha namorada!"

Aceitou prontamente e ainda exigiu que eu criasse um desenho exclusivo, em estilo tribal.
Eu não acreditei em tamanha confiança, senti um frio percorrer minha coluna.
E agora? Será que eu sou mesmo um tatuador?
Senti meu orgulho se desintegrando e dando lugar a insegurança, mas não me entreguei, nem deixei transparecer. A não ser pela palidez e tremedeira na mão...
Pensei:

-"Eu sou ou não um tatuador?

Então pisei no pedal e mandei ver. Comecei a fazer o contorno e percebi que, apesar de inexperiente na pele, realmente tinha firmeza nas mãos.
Fiz o meu primeiro contorno de tatuagem!
Logo depois de fazer o primeiro traço minha mão não tremia mais como antes.
Continuei fazendo um contorno uniforme. Claro que eu errei em alguns aspectos, não tinha nenhuma técnica ainda, mas consegui um resultado que me animou muito.
Apesar de ter ouvido muita critica negativa de pessoas maldosas, continuei firme e decidido.
Eu era mesmo um tatuador!